Fomentar o diálogo sobre um tema tão importante favorece o cuidado preventivo no ambiente de trabalho.
Saber onde procurar ajuda e identificar os primeiros sintomas do adoecimento psíquico foram alguns dos assuntos abordados durante Roda de Conversa sobre Saúde Mental, realizada nessa segunda-feira (13), no auditório da Centrais de Abastecimento do Espirito Santo (Ceasa), em Cariacica. A coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), psicóloga Adriana Zoppi, coordenou os debates.
A atividade, destinada aos servidores e estagiários da Ceasa, também contou com a colaboração do enfermeiro Paulo Sérgio Ferraço. A iniciativa teve o apoio da Secretaria da Saúde (Sesa) e faz parte da campanha “Janeiro Branco”, mês escolhido para colocar os temas da saúde mental em evidência e prevenir o adoecimento emocional.
Na abertura do evento, a psicóloga Adriana Zoopi destacou a importância das instituições públicas se preocuparem em promover estas ações. “Fomentar o diálogo sobre um tema tão importante é o que chamamos de cuidado preventivo. Sem dúvidas, a conversa é um dos fatores que contribuem na proteção contra o processo de adoecimento. Falar e discutir sobre as relações em saúde mental é um fator de proteção importante”, enfatizou Adriana Zoopi.
O diretor-presidente da Ceasa, Fernando Rocha, comentou sobre a importância da conscientização sobre os cuidados à saúde mental e que ações preventivas e sensibilizadoras são fundamentais para uma vida equilibrada.
“Ações como a roda de conversa ajudam no tratamento da depressão e da ansiedade, consideradas doenças como o mal da modernidade. Trazer o debate para o local de trabalho é de extrema importância, tendo em vista o tempo que passamos nesse ambiente”, destacou Rocha.
O servidor Valter Santana Meirelles, 60, funcionário da Ceasa participou da atividade e comentou. “Nós observamos que as maiores organizações do nosso país já levam esse tipo de serviço para seus funcionários e ver a Ceasa trazendo essas informações para nós é importante e necessário, pois agrega não só valor, mas também aprendizado. Foram detalhes mínimos que aprendemos hoje, mas que são capazes de mudar ou amenizar o sofrimento de alguém que está do nosso lado”, contou Valter.
Onde buscar atendimento
Uma pessoa que necessita de tratamento em saúde mental deve, primeiro, buscar acolhimento na Rede de Atenção Básica de Saúde mais próxima de seu domicílio. Em caso de surto psiquiátrico, é preciso acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), para ser encaminhado para o atendimento de urgência e emergência mais próximo.
Para receber atendimento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), a pessoa deve, primeiro, procurar a unidade de saúde básica mais próxima de sua casa. Havendo necessidade de um tratamento de maior complexidade, a própria unidade faz o encaminhamento ao Centro.
Muitos chegam espontaneamente ou encaminhados pela equipe de Saúde da Família, ou de hospitais e prontos-socorros. Além disso, todos os casos passam por uma avaliação feita por uma equipe multiprofissional. Caso o paciente se encaixe no perfil do Caps, ele é integrado à instituição.