01/10/2015 05h27 - Atualizado em 04/05/2016 16h43

Cenário da floricultura capixaba é tema da oficina do Pedeag 3 em Santa Teresa

O setor da floricultura no Espírito Santo está presente em pelo menos 17 municípios e já movimenta mais de R$ 10 milhões por ano, gerando aproximadamente 8 mil empregos. Mesmo assim, aproximadamente 80% das flores comercializadas entre os capixabas vêm de outros estados. O potencial de desenvolvimento dessa cadeia produtiva, seus desafios e oportunidades estiveram em debate na tarde desta terça-feira (29), durante a oficina do Pedeag 3 sobre floricultura, realizada no Museu de Biologia Professor Mello Leitão, em Santa Teresa.

Produtores rurais e representantes do setor florista e de cooperativas agrícolas puderam acompanhar um panorama do setor e apresentar sugestões e contribuições para o crescimento da atividade no Estado. Durante a oficina, foram aplicados questionários técnicos que servirão de base para o planejamento de ações voltadas para o desenvolvimento do setor.

O especialista convidado foi o engenheiro agrônomo do Incaper Carlos Sangali de Mattos. Ele fez uma apresentação com foco no crescente mercado de flores e suas tendências e perspectivas, destacando o grande potencial da floricultura na geração de renda e emprego para as famílias que vivem no meio rural. “O Espírito Santo possui uma área de produção de flores de 163 hectares e as maiores demandas são para o cultivo de rosas, crisântemo, kalanchoe, gypsophila e lisiantus”, destacou o especialista.

Os principais municípios produtores de flores no Estado são Santa Teresa, Domingos Martins, Venda Nova do Imigrante, Marechal Floriano, Santa Maria de Jetibá, Iúna e Santa Leopoldina. Entre os principais desafios do setor , segundo o especialista, estão produzir com qualidade superior; produzir com preços compatíveis com o padrão de qualidade; aumentar a produção por unidade de área; e maior comprometimento do produtor com o atacadista e vice-versa. “Nos próximos anos, queremos que essa atividade esteja presente em pelo menos 50 municípios, envolvendo em torno de 3 mil propriedades, com uma área superior a 300 hectares”, pontuou.

Floricultura Capixaba
O produtor Adelson Florêncio, de Santa Teresa, contou um pouco da sua rotina no campo e a participação na oficina sobre floricultura. “Comecei em 2003 com uma pequena produção de antúrio e, de lá para cá, as vendas melhoraram. Eu trabalho com flores e café, e hoje minha maior renda vem praticamente do comércio de flores. É um serviço que me dá maior produtividade. Lá no campo eu produzo antúrio de vaso e de corte, begônia, brinco-de-princesa”, afirmou Adelson.

O diretor presidente da Ceasa-ES, José Carlos Buffon, participou da oficina e anunciou que em pouco tempo os produtores passarão a contar com um espaço exclusivo para a comercialização de flores na Ceasa, em Cariacica. “Vamos oferecer uma estrutura adequada para os produtores de flores, essa é uma de nossas prioridades. Recentemente, visitamos a Ceagesp e Ceasa Campinas, que são referência no comércio de flores, e a ideia é trazer essa experiência para a Ceasa do Espírito Santo. A floricultura é um mercado de potencial enorme em nosso Estado, e com a abertura de um espaço exclusivo para a comercialização de flores também iremos trazer um novo perfil de público para a Ceasa” ressaltou Buffon.

Pedeag 3
O Pedeag 3 é principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Até novembro serão realizadas 52 oficinas de trabalho sobre as principais cadeias produtivas do agronegócio capixaba, que servirão de base para a formulação de um plano de ação para os próximos 15 anos. As oficinas também estão discutindo temas transversais, como capital humano, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outros.

O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo o Pedeag se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas. O Pedeag 3 irá reunir os avanços obtidos nas duas versões anteriores do Plano, com uma abordagem centrada na inovação, no empreendedorismo e na sustentabilidade.

Site do Pedeag 3
Além de participar dos debates presenciais nas mais de 50 oficinas de trabalho do Pedeag 3 produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio capixaba têm à disposição mais uma ferramenta interativa para ajudar na construção do planejamento estratégico do setor: o site do Pedeag 3: www.pedeag.es.gov.br, que permite, entre outras funções, que os internautas apresentem sugestões e contribuições para o desenvolvimento dos principais arranjos produtivos da agropecuária do Estado.

O site do Pedeag 3 reúne informações sobre as oficinas de trabalho e permite que o internauta confira o calendário de oficinas por temas e municípios. Há também uma apresentação sobre o Pedeag 3, com seus objetivos e metas, além de notícias e fotos.

Um dos destaques é o espaço interativo onde é possível ter acesso às apresentações técnicas com o panorama dos diversos setores do agronegócio capixaba. Na aba “Oficinas” também é possível ter acesso às principais sugestões apresentadas durante os debates realizados nas oficinas. Isso porque a Seag quer conhecer a opinião daqueles que, por algum motivo, não puderam comparecer às reuniões. Por essa ferramenta, é possível eleger duas sugestões ou selecionar uma e enviar uma nova sugestão.

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