01/10/2015 10h10 - Atualizado em 04/05/2016 16h43

Oficina do Pedeag em Sooretama discute o cenário das frutas para indústria

O maracujá, a goiaba e a manga são frutas de suma importância para a agroindústria capixaba, tendo em vista implantação da indústria de processamento de sucos no Estado. O desenvolvimento dessa cadeia produtiva e os desafios e oportunidades para os próximos anos estiveram em debate em mais uma oficina de trabalho do Pedeag 3, realizada na Câmara Municipal de Sooretama, na tarde desta quarta-feira (30).


Os debates foram marcados pela boa participação dos produtores da região, que apresentaram sugestões e questionamentos que vão ajudar o Governo do Estado a elaborar o planejamento de ações voltadas para o setor nos próximos anos. Durante a oficina, foram aplicados questionários técnicos que servirão de base esse planejamento. O especialista convidado foi o gerente de planejamento e desenvolvimento agrícola na Leão Alimentos e Bebidas, Maurício Ferraz.


Segundo ele, precisa haver um maior fomento às culturas, pois existe uma grande possibilidade de aumento no volume de produção do parque industrial instalado no Estado. “A indústria vem fazendo contrato com o produtor, inclusive a longo prazo, para que ele se motive a plantar. Esse contrato dá a garantia de preço mínimo e a garantia de compra. O produtor ainda pode moldar esse contrato e colocamos nossos técnicos para prestar assistência técnica”, afirmou.

O produtor Fábio Mendonça, da localidade de Pontal do Ouro, em Linhares, se interessou pelo assunto debatido na oficina. “Produzo coco e a oficina foi boa para eu aprender sobre outras culturas. Eu me interessei em plantar maracujá e o fato de poder fazer um contrato de garantia para a gente plantar e vender para a indústria me animou muito”.


Maracujá

A concentração da produção da fruta se dá na Região Norte, considerada o Polo do maracujá por suas características e áreas cultivadas. O Espírito Santo tem atualmente uma área cultivada de 2.854 há com capacidade de expansão de até 5.000ha, devido à grande demanda do mercado de frutas frescas (“in natura”) e das agroindústrias de processamento de polpa. Os principais municípios produtores são: Sooretama (1000ha), Jaguaré (760ha), São Mateus (300ha), Linhares (150ha), São Gabriel da Palha (75ha), Conceição da Barra (68ha), Boa Esperança (60ha), Pinheiros (35ha), Vila Valério (30ha), Rio Bananal (30ha) entre outros. Na Região Serrana e Sul, o maracujá também está presente com Santa Maria de Jetibá (80ha), Presidente Kennedy (42ha) e Guarapari (21ha).

Manga


Polo de Manga da Região Noroeste do Espírito Santo, lançado em 2003, é uma experiência de êxito em comercialização integrada entre produtores, associações, cooperativas e agroindústria. A safra de 2014 foi a maior em números comercializados com 6.255.131 quilos, representando um percentual de 32,5% de todo o volume comercializado. A área plantada da manga abrange um total de 1550 ha, sendo 870 em idade produtiva e 680 ainda em formação. Nem toda a área produtiva é utilizada na comercialização, pois é designada para recomposição florestal e espaço ainda não demandado na comercialização.


Goiaba


A comercialização da goiaba no Espírito Santo é voltada para fruta de mesa e para a indústria de processamento de polpa e concentrada, esta última destinada à agroindústria de sucos prontos para beber, mercado em expansão no Estado e no Brasil. A existência de uma cooperativa (CRISTALCOOP) proporcionou aos produtores a negociação de preço mínimo no processo de comercialização. Destaca-se também o aproveitamento industrial da produção de goiabada, geleia, polpa congelada, néctar, compotas, sorvetes e doces, tanto para as grandes indústrias como para as indústrias artesanais. Desde 2004, foram distribuídas 175 mil mudas aos agricultores cadastrados, ou seja, os produtores que fazem parte da área de abrangência do Polo (na Região Norte) e seguem as recomendações técnicas para a cultura com o acompanhamento do INCAPER.


Pedeag 3

O Pedeag 3 é principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Até novembro serão realizadas 52 oficinas de trabalho sobre as principais cadeias produtivas do agronegócio capixaba, que servirão de base para a formulação de um plano de ação para os próximos 15 anos. As oficinas também estão discutindo temas transversais, como capital humano, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outros.

O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo o Pedeag se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas. O Pedeag 3 irá reunir os avanços obtidos nas duas versões anteriores do Plano, com uma abordagem centrada na inovação, no empreendedorismo e na sustentabilidade.


Site do Pedeag 3

Além de participar dos debates presenciais nas mais de 50 oficinas de trabalho do Pedeag 3 produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio capixaba têm à disposição mais uma ferramenta interativa para ajudar na construção do planejamento estratégico do setor: o site do Pedeag 3: www.pedeag.es.gov.br, que permite, entre outras funções, que os internautas apresentem sugestões e contribuições para o desenvolvimento dos principais arranjos produtivos da agropecuária do Estado.

O site do Pedeag 3 reúne informações sobre as oficinas de trabalho e permite que o internauta confira o calendário de oficinas por temas e municípios. Há também uma apresentação sobre o Pedeag 3, com seus objetivos e metas, além de notícias e fotos.

Um dos destaques é o espaço interativo onde é possível ter acesso às apresentações técnicas com o panorama dos diversos setores do agronegócio capixaba. Na aba “Oficinas” também é possível ter acesso às principais sugestões apresentadas durante os debates realizados nas oficinas. Isso porque a Seag quer conhecer a opinião daqueles que, por algum motivo, não puderam comparecer às reuniões. Por essa ferramenta, é possível eleger duas sugestões ou selecionar uma e enviar uma nova sugestão.

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