Governo do Estado do Espírito Santo
16/11/2015 06h57 - Atualizado em 04/05/2016 16h43

Pedro Canário recebe oficina de frutas para a indústria

O maracujá, a goiaba e o abacaxi são frutas de suma importância para a agroindústria capixaba, tendo em vista implantação da indústria de processamento de sucos no Estado. O desenvolvimento dessa cadeia produtiva e os desafios e oportunidades para os próximos anos estiveram em debate em mais uma oficina de trabalho do Pedeag 3, realizada na Escola Estadual de Ensino Médio Manoel Duarte da Cunha, em Pedro Canário, na manhã desta quinta-feira (12).

Os debates foram marcados pela boa participação dos produtores da região, que apresentaram sugestões e questionamentos que vão ajudar o Governo do Estado a elaborar o planejamento de ações voltadas para o setor nos próximos anos. Durante a oficina foram aplicados questionários técnicos que servirão de base para o Planejamento Estratégico da Agricultura Capixaba 2015-2030. O especialista convidado foi o diretor da indústria de polpas Frutas Sossai, Berg Sossai. "A nossa presença nessa oficina é para buscar soluções e também instruir o produtor na oferta, para que sua mercadoria tenha boa colocação no mercado, de forma que melhore sua renda por meio de valores atrativos, que o incentive na cadeia produtiva das frutas. Com o Pedeag, esperamos avaliar aonde as frutas serão produzidas e a melhor condição para o produtor, a fim de direcioná-lo para o mercado adequado para sua comercialização", reforça Berg.

Gilberto Coelho é produtor de leite em Pedro Canário e pretende iniciar a produção de frutas em sua propriedade para aumentar sua renda. "Vim interessado na palestra, aprender sobre o mercado da goiaba, maracujá e o abacaxi. Podemos dizer que é mais uma atividade que pode ser um diferencial não só para mim, mas para outros produtores, a diversificação das culturas".

Alexandre Reis é integrante da Cristalcoop, Cooperativa de Cristal do Norte, onde conta com pequena produção de goiabas. "Gostei da oficina, pois trouxe uma nova alternativa para a gente, que é aprender um pouco de mercado e saber do interesse das indústrias em maracujá e outras frutas. Saímos daqui com o propósito de estudar a possibilidade de produzir e fornecer para a indústria", conta Alexandre.

Maracujá

A concentração da produção da fruta se dá na Região Norte, onde está o Polo de Maracujá, um dos primeiros a ser criado no Estado, por suas características e áreas cultivadas. O Espírito Santo tem atualmente uma área cultivada de 2.854 hectares com capacidade de expansão de até 5.000ha devido à grande demanda do mercado de frutas frescas (“in natura”) e das agroindústrias de processamento de polpa. Os principais municípios produtores são: Sooretama (1000ha), Jaguaré (760ha), São Mateus (300ha), Linhares (150ha), São Gabriel da Palha (75ha), Conceição da Barra (68ha), Boa Esperança (60ha), Pinheiros (35ha), Vila Valério (30ha), Rio Bananal (30ha) entre outros. Na Região Serrana e Sul, o maracujá também está presente em Santa Maria de Jetibá (80ha), Presidente Kennedy (42ha) e Guarapari (21ha).

Goiaba

A comercialização da goiaba no Espírito Santo é voltada para fruta de mesa e para a indústria de processamento de polpa e concentrada, esta última destinada à agroindústria de sucos prontos, mercado em expansão no Estado e no Brasil. A existência de uma cooperativa (Cristalcoop) proporcionou aos produtores a negociação de preço mínimo com a indústria. Destaca-se também o aproveitamento industrial com a produção de goiabada, geleia, polpa congelada, néctar, compotas, sorvete e doce, tanto pelas grandes indústrias como para as artesanais. Desde 2004, foram distribuídas 175 mil mudas aos agricultores cadastrados, ou seja, os que fazem parte da área de abrangência do Polo (na Região Norte) e seguem as recomendações técnicas para a cultura com o acompanhamento do Incaper.

Abacaxi

O município de Marataízes, o principal produtor de abacaxi do Estado, contribuiu em 2014 com 8.372.242 milhões de quilos, valor que representa 95% da produção capixaba. As outras cidades que dividem os outros 5% são Cachoeiro de Itapemirim, Presidente Kennedy e Santa Maria de Jetibá, segundo os dados apurados com a Ceasa.

Pedeag 3

O Pedeag 3 é a principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Até novembro serão realizadas 52 oficinas de trabalho sobre as principais cadeias produtivas do agronegócio capixaba, que servirão de base para a formulação de um plano de ação para os próximos 15 anos. As oficinas também estão discutindo temas transversais, como capital humano, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outros.

O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo o Pedeag se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas. O Pedeag 3 irá reunir os avanços obtidos nas duas versões anteriores do Plano, com uma abordagem centrada na inovação, no empreendedorismo e na sustentabilidade.



O site do Pedeag 3

Além de participar dos debates presenciais nas mais de 50 oficinas de trabalho do Pedeag 3, produtores rurais e representantes das diversas cadeias do agronegócio capixaba têm à disposição mais uma ferramenta interativa para ajudar na construção do planejamento estratégico do setor: o site do Pedeag 3: www.pedeag.es.gov.br, que permite, entre outras funções, que os internautas apresentem sugestões e contribuições para o desenvolvimento dos principais arranjos produtivos da agropecuária do Estado.

O site do Pedeag 3 reúne informações sobre as oficinas de trabalho e permite que o internauta confira o calendário por temas e municípios. Há também uma apresentação sobre o Pedeag 3, com seus objetivos e metas, além de notícias e fotos.

Um dos destaques é o espaço interativo onde é possível ter acesso às apresentações técnicas com o panorama dos diversos setores do agronegócio capixaba. Na aba “Oficinas” também é possível ter acesso às principais sugestões apresentadas durante os debates realizados nas oficinas. Isso porque a Seag quer conhecer a opinião daqueles que, por algum motivo, não puderam comparecer às reuniões. Por essa ferramenta, é possível eleger duas sugestões ou selecionar uma e enviar uma nova sugestão.



Informações à Imprensa:
Gerência de Comunicação Social da Seag
Daniel Simões
27 98849-9814 - 27 3636-3700

Assessoria de Comunicação da Ceasa-ES
Daniel Borges
Texto: Daniel Borges
27 3636-3689 / 27 98849-5626
2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard